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Boca da Terra

by Sacassaia

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1.
Exêu epa Babá Babá bate pilão Batida do coração No moto perpétuo: “ação” É chegada a hora de nascer Toca rumpilé do alabê Chama a família pra ver O mundo tem mais um bebê Na mão de Xangô vai crescer Filho de nagô com malê Veio pra ensinar e aprender Criança de lua já nasce danada Caindo no chão ele andou E se levantando falou Chorava com o som do tambor Calava na frente do avô Na sombra daquele senhor Sentia temor e amor Pra sempre a cabeça ficou Com a imagem do velho babalaô Que na quinta-feira partiu Levaram pra beira do rio E nunca esqueceu do arrepio Da base da espinha pra nuca subiu E da cantoria que ouviu Do fogo que acende pavio Que o topo do céu coloriu O olho brilhando na cara do pai Boca da Terra Boca da Terra, ê mamãe! O que vou te passar mizifi São mistérios do céu e do mar Relampeja na terra e no ar Universo está todo aqui Meu gosto é te ver crescer Desfrutar do bem de viver A benção menino do pai Quando você entra, você sai Respeite a mãe natureza Gentileza gera gentileza Prestando atenção onde pisa No círculo o circo eterniza Segue seu caminho em paz Que Oxaguiuan guiando vá Eu tô guardando pra te dar Merindilogum de Orixás A vida fazendo o que faz Fez do menino um rapaz Economicamente incapaz De porta em porteira correndo atrás Vivendo no pique veloz Mais um dos que gritam sem voz Pro mundo que esqueceu de nós Só sendo sagaz nesse mundo feroz Ferido no corpo e na mente Quase inexistente e doente Foi que renasceu a semente Acordando a alma dormente Escuta uma voz trovejante Que diz meu filho levante Hora de ser confiante Só coisa boa te atrai pra cá Faz o menino acordar Herdeiro do sangue de Ifá O velho mandou te chamar teu nome tá escrito na boca da terra Volta pra casa enfim Abre seu corpo pra mim Faz do terreiro um jardim Juntos nos vamos vencer a guerra! Boca da Terra Boca da Terra, ê mamãe! O que vou te passar mizifi São mistérios do céu e do mar Relampeja na terra e no ar Universo está todo aqui Meu gosto é te ver crescer Desfrutar do bem de viver A benção menino do pai Quando você entra, você sai Respeite a mãe natureza Gentileza gera gentileza Prestando atenção onde pisa No círculo o circo eterniza Segue seu caminho em paz Que Oxaguiuan guiando vá Eu tô guardando pra te dar Merindilogum de Orixás Exêu epa Babá Babá bate pilão Batida do coração No moto perpétuo: “ação”
2.
Remandelagem 03:53
Quando caio na batalha Quem me leva é Iansã Vem chuva, vem trovoada Tô de pé toda manhã Sem ressaca, Sacassaia Sacando de mente sã Sintoniza na pegada da pancada do tantã Simbolizando a vontade de se reconectar Lá na fonte da verdade Quero ver como é que tá Levantando aparelhagem Pra poder te impactar Baticum, bate folhagem, Bagagem de Bagdá Eu repercuto, tu repercute Nós repercussionamos Eu Felakuto, tu Felakuti Nós Felakuteamos Eu remodelo tu reMandela Boto dendê na tua panela Obaluaiê, baluarte, estandarte de Jah Obaluaiê, baluarte, estandarte de Jah Tudo que eu quero na vida eu tenho aqui Eparrei Oyá Foi debaixo desse céu que eu nasci Eparrei Oyá Na batida do atabaque eu cresci Eparrei Oyá O que Nanã me ensinou nunca esqueci Eparrei Oyá Canto o ponto, fico tonto Grita o povo saravá No momento fico pronto, Deixo o santo me levar Óia papai bologum Vai fazer você bolar Parado não fica um Vamos lá, qualificar Perna pula, perambula Começa a confabular Contrapeso que dissimula Na gula de regular Segura nessa cintura Coisa espetacular Rebolando as estruturas Vamos revolucionar Tudo que eu quero na vida eu tenho aqui Eparrei Oyá Foi debaixo desse céu que eu nasci Eparrei Oyá Na batida do atabaque eu cresci Eparrei Oyá O que Nanã me ensinou nunca esqueci Eparrei Oyá Eu repercuto, tu repercute Nós repercussionamos Eu Felakuto, tu Felakuti Nós Felakuteamos Eu remodelo tu reMandela Boto dendê na tua panela Obaluaiê, baluarte, estandarte de Jah Obaluaiê, baluarte, estandarte de Jah
3.
Nobre Plebeu 03:12
É o mar pé pé Chorodô! Meu espirito é livre desempedido Estampado no estampido Do estupor de seu tambor Gosta de correr pro abraço Dança no compasso Tropeçando no cadarço No laço do seu amor Voa no problema Polemiza o tema Corre feito ema Resolve a situação Quem tem grana vai a roma Tá com fome, coma Quem tá junto soma Multiplica a equação Meu espirito não é suino É um grande pequenino Ele é grosso e é fino Violento, violino É sulista e nordestino É judeu e palestino É noturno e matutino É passado e é destino O meu corpo é um receptáculo Não serve de obstáculo Para o espetáculo da minha alma Meu coração é um oráculo Que estica os tentaculos Pro povo bater palma Ien ien nhen in nhen ien Chorodô! Meu espirito é de noite é de dia, Simbiose da ciencia e magia. Eu acho que não é macho nem fêmea Quase homo, quase heterogenea Meu espirito é sol e é chuva, Fica dentro quando o vento faz a curva. Argumenta com o imponderável, É impetuosamente irresponsável. É o mar pé pé Chorodô! Meu espírito é risonho, É rosado é bisonho É gozado e é retado como o quê? Meu espectro intelecto Provecto compacto De impacto no baque do djembé Meu espaço é volumoso Faço traço cuidadoso Arregaço cabuloso Abro a porta pra você Minha brasiliência Revestida de oxência Emana malemolência Embalando o balancê Meu ectoplasma esvoaçante Nego pasma delirante Com o fantasma Que te bota pra tremer Sinta a lombra que assombra Que deslumbra, tem quizumba Na penumbra Retumbando o seu prazer Manifesta nessa festa Desembesta na floresta Protesta na sua testa Começa a resplandecer Meu reflexo, Simples e complexo Preparado e perplexo Difícil de entender Ien ien nhen in nhen ien Chorodô! Meu espirito é de noite é de dia, Simbiose da ciencia e magia. Eu acho que não é macho nem fêmea Quase homo, quase heterogenea Meu espirito é sol e é chuva, Fica dentro quando o vento faz a curva. Argumenta com o imponderável, É impetuosamente irresponsável. Meu espirito é escudo e a espada. Meu espirito é foda e é fada. Meu espirito é um nobre plebeu Que está apaixonado pelo teu. Meu espirito é verdade ficticia E tem gosto de amarga delicia. Meu espirito é um nobre plebeu Que está apaixonado pelo teu.
4.
Ouvindo a batida catira no fundo do mar. Um ruido latido, sentido, que lembra Goddard. Eu sinto que a vida me leva pra outro lugar. E minto se digo: "Caipira não sabe voar".
5.
Barravento 04:14
Matuta, matuta Tudo que truta computa Que deputado deputa As leis do filha da mãe Maquina, maquina Ligado na cafeína Fecha negócio da China Celebra com champanhe Pondera, pondera Enquanto o som reverbera A vida desacelera Abre um sorriso amarelo Calcula, calcula Loucura que te regula Trabalha feito uma mula Sonha com praia e chinelo Pira, respira No corre corre se vira Foge daquelas mentira Que deixa o cabra maluco Queima essa mufa Faz da caveira uma estufa Depois tu calça pantufa Cola na testa que é truco Ó se fosse, o que será Levantar da cama antes de acordar Ó se fosse, ainda não sei Vou deitar de novo pra sonhar outra vez Ó se fosse, o que será Levitar da cama antes de acordar Ó se fosse, ainda não sei Vou deitar de novo pra sonhar outra vez Bate, rebate Debate o tal disparate No movimento do mate Cabeça parte no meio Bote, rebote No ficha podre: não vote Descalabrado calote Roubando o povo, que feio Arrebente no beat Potente com dinamite A mente não tem limite Contente, mostrando os dente Arregace essa face Metendo as caras no impasse Quero que o mundo te abrace Felicidade pra gente Eparrei arrepia Enquanto o santo irradia Desfila filosofia Dispara o corpo no espaço Levita, levanta Leva esse povo que canta Revolução da garganta Chegando no seu pedaço Ó se fosse, o que será Levantar da cama antes de acordar Ó se fosse, ainda não sei Vou deitar de novo pra sonhar outra vez Ó se fosse, o que será Levitar da cama antes de acordar Ó se fosse, ainda não sei Vou deitar de novo pra sonhar outra vez
6.
Eram três moças bonitas que foram a praia passear Uma era Oxum, outra Iansã e a outra era Yemanjá Transistor ligado, potência no jeito Tudo pronto. Fique sintonizado  
No baticum invocado que deixa todo mundo tonto  Cheio de assunto cada um aumenta o ponto  
 No ibope do rádio.  
 Suingue estilo infarte agudo do miocárdio  
 Temperado com pimenta e cloreto de sódio  Pole position no pódio qualquer dia  
Assombrando seu vídeo.
 Com mais uma transmissão inclusiva  
 De vibração positiva. 
Propriedade intelectual coletiva no ouvido  
 Samba de som destruído, grapixo, throw-up,  
 Estampido, estupendo na arte de rua  Sacassaia é massa, gandaia na sua praça  
 Animando seu espaço, construindo passo a passo  
 Eu falo, eu faço. Rap eu conheço, rima tem seu preço Transmite paz, vontade de correr atrás.  
 Quer mais? tem pra todo mundo:  
 Roda pick-up, comanda o escape do ataque  
Do baticum retumbante e profundo  
 Nos quatro cantos do mundo  
Quero levar o meu bloco  
Aprimoro a ciência  
 Pela experiência que eu troco  
O gás que eu coloco,  o ponto que eu toco  
 A gente faz tendo a paz como foco.  
Venha! Um chip flutua na praia Levando mensagem de Yemanjá Um gênio na lata de cerva Na beira do mar Batida que a vida segura Balança a rede, coração Maré mansa não cansa Criança não é mole não Já paguei mico, já paguei sapo Pra gestapo, prestação Filho, não aperte o gatilho Nem perca a razão Pelourinho não é folclore Não ignore esse sofrer No mundo tem paz, tem guerra Para se escolher Dizeres desertos, mares abertos Despacho futurista pra turista viajar Acarajé fritando, comida sobrando Incenso queimando, quibebe no aguidá Quimbundo quilombo, Xangô xequerê Do roncó se ouve o toque de rumpilê Oxalá disse que o amor vai vencer Obatalá viu como eu quero te ver Um coração latindo, latindo na lata do menino Do menino, do menino, do menino Do menino, ui, oha o menino ui ui ui Dizeres desertos, Mares abertos Despacho futurista pra turista viajar Acarajé fritando, comida sobrando Incenso queimando, quibebe no aguidá Quimbundo quilombo, Xangô xequerê Do roncó se ouve o toque de rumpilê Oxalá disse que o amor vai vencer Obatalá viu como eu quero te ver Um chip flutua na praia Levando mensagem de Yemanjá Um gênio na lata de cerva Na beira do mar Batida que a vida segura Balança a rede, coração Maré mansa não cansa Criança não é mole não Já paguei mico, já paguei sapo Pra gestapo, prestação Filho, não aperte o gatilho Nem perca a razão Pelourinho não é folclore Não ignore esse sofrer No mundo tem paz, tem guerra Para se escolher
7.
Ê viva Pastinha, Camará Ê quem me ensinou, Camará Ê viva meu Deus, Camará Que me deu amor pra lutar < Essa é a irmandade rebolacionista, Fundamentalista da pista de dança Sacassaia! O negócio é gravíssimo, Segura o Ragga, Ouça! > Eu que rimo ragga Enquanto praga nêgo roga Eu que remo o bote Enquanto o Haoli se afoga Eu não julgo jegue Diga aí, juiz de toga Referência fica Pega gingado que joga Mandinga de Angola Vou bater para tu Para tu bater para o gol a bola Eu que rimo rumo rame-rame radiola E falta pouco Rebatendo no sufoco Resfolega no papoco Tipo louco que se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Saca essa saia na parada Nego se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Ninguém dorme Ragga simiano aqui dos brasas de Brasília Ras e Sacassaia na pegada de gorila Jogue para os lobos que lidero a matilha Na sala de dança, bicho solto, segue a trilha Deixa de fala, fala, vem dançar o Ragga Ragga Sound system bate seco nos P.A que chega estrala Fogo na Brasilônia, Ragga BR que propaga Tomás seletor, mestre Renato chega e fala Que vai baixar que vai baixar camará... Tipo louco que se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Nego se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Ê viva Pastinha, Camará Ê quem me ensinou, Camará Ê viva meu Deus, Camará Que me deu amor! Ê viva Pastinha, Camará Ê quem me ensinou, Camará Ê viva meu Deus, Camará Que me deu amor pra lutar Ninguém dorme, Bomba na sala de dança O paredão enorme P.A de sound system Bate seco nos conforme Com fome, enquanto malandragem some Com a chegada dos menino de uniforme Nêgo quase desmaia, Quando chega e se depara Com um mar de barra de saia Rebolando no embolado da gandaia Sacassaia pra sacar esse movimento Bate feito rabo de arraia Nas caixa do pensamento Só um momento... Bumbo retumba no esqueleto Perna bamba pede sambatuque De tambor de ketupinambabalorixá Mandou chamar os velho preto Curtir, que é som do gueto Avisa lá que vai baixar meu camarada que vai baixar, vai baixar, camará... Tipo louco que se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Nego se esmaga Na sala de dança para ouvir peso do ragga Todas as crianças, Moça bonita não paga Chegando como quem nada não quer Saca essa saia na parada Ê viva Pastinha, Camará Ê quem me ensinou, Camará Ê viva meu Deus, Camará Que me deu amor! Ê viva Pastinha, Camará Ê quem me ensinou, Camará Ê viva meu Deus, Camará Que me deu amor pra lutar
8.
9.
Boca Oca 03:12
Boca do dia, boca do mundo, boca desdentada Boca da noite, boca de túnel, boca de estrada Boca que traga, intriga, fala tudo e não diz nada Boca seca, boca de sertão, boca molhada Boca do Acre, boca do Papouco, boca pintada Boca quente, boca do buraco, boca de safra Boca de zero-nove, bocapio, boca de sapo Boca que cala, boca de bala, boca que bate papo Boca de porco, boca do inferno, boca do dragão Boca que erra, boca que acerta e que pede perdão Boca de cena, boca de sogra, boca de fogão Boca livre, boca fria, boca do alçapão Boca de lata, boca de sulapa, boca de desejo Boca que baba, boca de barba, boca de beijo Boca de urna, boca de batom, boca de fome Boca de espera, boca do povo, boca no trombone Boca da mãe, boca do pai, boca do tio Boca da onça, boca da mata, boca do rio Boca da velha de silicone boca da grota Boca de siri, boca do mar, boca da toca Boca do lixo, boca de branco, boca de preto Boca de fumo, boca sem rumo, boca de gueto Boca da rua, boca da lua, boca de sino Boca do morro, boca de socorro, boca de menino Boca que come que consome parada incerta Boca de beco, boca de bobo, boquiaberta Boca de poço, boca de homem, boca de moça Boca fechada, em boca calada não entra mosca Boca de lata, boca de sulapa, boca de desejo Boca que baba, boca de barba, boca de beijo Boca de urna, boca de batom, boca de fome Boca de espera, boca do povo, boca no trombone Boca de mangue, boca da massa, boca do âmago Boca de barro, boca de tanque, boca do estômago Boca da sorte, boca da área, boca de jogo Boca do caixa, boca de fogo, boca de lobos
10.
Onda do Mar 03:41
O respeito pela onda Cai pra dentro, não se esconda E deixa fluir a vida Na subida da maré Eu também adoro praia A morena saca a saia Dá um gosto de gandaia Da cabeça até o pé Moleque resfolegante Sorriso contagiante Paga de comediante E vende picolé Bota o calção, tou pronto Seu bikini me deixa tonto Nem te conto Dá um desconto Nesse acarajé Sou freguesia da Bahia Maré sobe noite e dia Dia e noite, correria Sem perder a fé Banho de água salgada Energia renovada No colo da mãe amada Eu ganho um cafuné Chega, estica a canga Toma um suco de pitanga Balanga, balanga a tanga Calango babando há Sol à milanesa Olha a jóia da princesa Na barraca tem uma mesa Para a gente se sentar O mundo é mar O mar é mundo Feito pro mergulho fundo Por favor não seja imundo Jogue o lixo em seu lugar Na minha casa eu tenho Um mar de oxigênio Só se eu fosse um gênio Pra nadar no ar Se der bobeira Vou surfar na cachoeira A onda vai ser maneira Mas eu vou me arrebentar E fico na vontade Se rola oportunidade Pego o barco da saudade E volto pra lá Foi a onda do mar Que me levou Que me lavou Abençoou Foi a onda do mar Que me salvou Que me ensinou Insinuou A onda anda / Aonde anda / A onda? A onda ainda / Ainda onda/ Ainda anda / Aonde? / A onda / Bandeira sonda, não é mané  E vai na onda que flutua  Lua nova, bossa antiga Que não míngua, vai crescente E se tá cheia dá enchente na maré, é! Que onda é essa Que vem depressa? Meça a vida e vamo nessa E me diga a quantos pés De quantos pés você precisa Para andar sobre a água Que afaga, que afoga Na su'alma bota nódoa E mancha sua fé No planalto não tem praia Mas tem o Sacassaia E o candomblé Que na raia é unânime Faz, da marola, tsunami E o ditame é o afoxé  Quer?  Quem não quiser é Melhor dar no pé Porque o papo aqui não é parangolé   Até que ponto o conto Vai de encontro ao encontro de Verdades, verossimilhanças e migués? Sincronia, sincretismo Mimetizo e os cretinos ficam logo de cabelo em pé E vão surgindo a todo instante Tão constantes como um fedor Então levante e ande Cante insinuante sem pudor Na correnteza da certeza Do mar que ensinou, insinuou Foi a onda do mar Que me levou Que me lavou Abençoou Foi a onda do mar Que me salvou Que me ensinou Insinuou
11.
Enquanto eu danço Sobre o dinheiro Tu sobe, alcança Pisando cabeça Enche a pança Com o mundo inteiro Não meta no bolso O que não mereça Sinto o cheiro Sua alma podre Que paira sobre a cidade velha Onde a sujeira destrambelha E a tristeza atrapalha Cubro meu corpo Com palha da costa Cumpro a função Que me foi imposta Curar Okanilaiê Dessa peste Antes que fique Decomposta Cubro meu corpo Com palha da costa Cumpro a função Que me foi imposta Curar Okanilaiê Dessa peste Antes que fique Decomposta Sou aquele Que limpa sua bagunça Que protege o mundo Da sua doença A morte é meu pai Nanã minha mãe Sou velho como essa terra imensa Sou aquele Que limpa sua bagunça Que protege o mundo Da sua doença A morte é meu pai Nanã minha mãe Sou velho como essa terra imensa Sou aquele Que limpa sua bagunça Que protege o mundo Da sua doença A morte é meu pai Nanã minha mãe Sou velho como esta terra
12.
Todo mundo chega junto na onda do bate-e-volta pega coleguinha pelo braço e não solta leva para o meio do salão e se esculhamba Naquela empolgação caraterística do samba Cara feia é fome com vontade de comer Sorriso é que transborda Que engorda e faz crescer Parece que a parada te espera pra espairecer A pessoa amada tá procurando você Aparece que você merece Tudo que te apetece Ajoelha e faz a prece Dos amigos não esquece Abre logo seu espaço Deixa de cagaço Pega impulso e se joga No meio daquele abraço Nêga quando me aconchega chega me comove Me pega, me paga, me leva, me lava, me love Nêga você me acomoda no dia que chove Me pega, me paga, me leva, me lava, me love Na casa de mãe cabinda O amor é de oxalá Vou passar em mãe cabinda A bênção vou pegar Na casa de mãe cabinda Seu nome vou falar Vou pedir pra mãe cabinda O axé dos orixás Óiaeuaí ói Oba é já Benza lá e aqui, ói No Ogunjá Pala de café fí Rodá, Rodá Vi Logun Edê, vi No Gantois... Protege meu amor guarda de todo mal
Via USB no padê digital
Copia meu amor control-c control-v Meu patuá tá no meu HD Vai erinlê, vai pra rua jogar
Criança dançando dá gosto de olhar Menino menina criado no doce Cuidado com a bronca, o cavalo dá coice Tenha muito cuidado com sua princesa
Vem devagar Quando a fogueira tá acesa
Dê muito carinho Dê muita atenção Solte o que vai dentro do seu coração Esse é o brinquedo que se brinca de dois É gostoso misturar como feijão com arroz Se lambuza toda dando gargalhada No banho de mar fica ensolarada Somos ibejí, somos carne e unha
Eu te amo mais do que eu pressupunha sempre descoberta, a verdade nua
Junto de você minha cabeça flutua Nêga quando me aconchega chega me comove Me pega, me paga, me leva, me lava, me love Nêga você me acomoda no dia que chove Me pega, me paga, me leva, me lava, me love Na casa de mãe cabinda O amor é de oxalá Vou passar em mãe cabinda A bênção vou pegar Na casa de mãe cabinda Seu nome vou falar Vou pedir pra mãe cabinda O axé dos orixás Óiaeuaí ói Oba é já Benza lá e aqui, ói No Ogunjá Pala de café fí Rodá, Rodá Vi Logun Edê, vi No Gantois...
13.
Você é o Lugar Faz o que deus manda Como o diabo gosta Entra na ciranda Sua alma tá exposta Como uma pergunta Que já é resposta A casa tá cheia A mesa tá posta A boca suspira Cabeça que gira O mundo revira Pra te deslocar A mão que batuca Da mãe que te educa Te afaga na nuca Pra te confortar O sino que soa A vida que voa Tu tá todo a toa Vamo levantar A paz que passeia Pelas sete e meia Me desencadeia Vontade de amar Que bela cidade Na velocidade Na suavidade Saudade de ver A fragilidade da sua bondade frente a crueldade quero proteger Com dignidade Quero qualidade E reciprocidade Fazer só o bem E festividade Mais anos de idade Pra nossa amizade Digamos amém Faz o que deus manda Como o diabo gosta Entra na ciranda Sua alma tá exposta Como uma pergunta Que já é resposta A casa tá cheia A mesa tá posta A dica que fica Que te modifica Só julga, critica O que quer ajudar Se liga no toque Sem briga nem choque Então desemboque Seu rio no mar No clima declama Que a rima derrama Seu organograma Vamos trabalhar O tempo tem fome Um puta abdome Nome, sobrenome E quer te pegar Espera, Respira Suspende, suspira Retoma, retira Vira Pombajira Retoca, retruca Fica de butuca Segura a peruca Que vida maluca! A gente batalha No fio da navalha Não ganha medalha Nem joga a toalha Sai de armadilha Não segue cartilha Se tu também pilha Curte e compartilha Faz o que deus manda Como o diabo gosta Entra na ciranda Sua alma tá exposta Como uma pergunta Que já é resposta A casa tá cheia A mesa tá posta Você é o Lugar Sua mesa, sua casa Você é o Lugar Sua cama, sua asa Você é o Lugar Seu roncó, seu mundo inteiro Você é o Lugar Sua tribo e seu terreiro Você é o Lugar Seu roncó, seu mundo inteiro Você é o Lugar Ou por onde você vá...

about

Pague o que puder, se não puder pagar não pague nada!

credits

released October 30, 2014

Produção musical, gravação e mixagem: Tomás Seferin, Estúdio 104, Brasília
Masterização: Michael Fossenkemper, Turtletone Studio NYC
Coordenação de produção: Ludmilla Valejo
Fotos: Schietti Fotografia
Assitente de fotógrafo: Pedro Lacerda
Direção de arte para as fotografías: Raísa Azeredo
Assistência de produção para as fotografías: Anne Barreira
Projeto gráfico: Bruna Daibert
Produzido entre abril de 2013 e junho de 2014

Aos nossos pais D. Maria Matos (em memória), José Bonifácio, Márcia, Guilherme, Lyliam e Rudá e aos nossos filhos José Maia, Caetano, Flora e Zilah.

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Sacassaia Brasilia, Brazil

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